Mudanças na sociedade, aumento da expectativa de vida, desenvolvimento de novos métodos contraceptivos, ascensão profissional, escolha pessoal… Existem, atualmente, muitas razões que podem explicar o aumento das gestações a partir dos 35 anos. E isso está longe de ser apenas uma impressão, já é uma realidade há alguns anos. Segundo as Estatísticas do Registro Civil divulgadas em dezembro de 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de nascimentos entre as mães de 30 a 44 anos aumentou 36% entre 2008 e 2018. A faixa de mães entre 35 e 39 anos, inclusive, foi a que mais cresceu – 56%. Já o número de mulheres que tiveram filhos antes dos 30 anos de idade diminuiu 16,1%.
Essas gestações após os 35 anos, porém, demandam acompanhamento e cuidados específicos para que tudo corra bem. O mesmo vale para as mulheres que ainda não estão grávidas mas desejam a gestação. Como os níveis de fertilidade vão diminuindo com o passar dos anos, é recomendado que pacientes procurem também ajuda médica tanto quando decidem engravidar quanto caso estejam tentando há alguns meses sem sucesso.
Para quem ainda não está grávida mas está tentando a gestação, uma boa ideia é já procurar o médico mesmo nessa fase. Nessa fase entram todos os cuidados básicos para manter a saúde em dia – alimentação equilibrada, rotina de exercícios físicos e condições pré-existentes sob controle, caso existam. Um acompanhamento médico mais intensivo também pode ser essencial para que essa etapa transcorra com tranquilidade. Os primeiros passos são sempre atualizar as vacinas básicas (contra doenças como sarampo, rubéola, caxumba e etc) caso seja necessário.
Além disso, o médico pode orientar também quanto aos exames necessários para detectar alguma doença, condição ou necessidade de suplementação específica. Muitas gestantes (e mesmo tentantes), especialmente as que têm mais de 35 anos, precisam de suplementação de ácido fólico, por exemplo.
Já se a mulher já está grávida, ela deve seguir os passos normais do pré-natal indicados pelo médico – muitas vezes com um acompanhamento mais intensivo. O primeiro deles é um exame de ultrassom que vai verificar se está tudo ok com o embrião – ou seja, se está dentro do útero e se é uma gestação única ou múltipla. Entre as mulheres com mais de 35 anos, a chance de ter gêmeos ou até trigêmeos é maior.
Outro exame que recomenda-se que seja feito no início da gestação é o ultrassom transvaginal, que ajuda a estimar a data de concepção. A partir daí, segue-se o acompanhamento mensal com realização dos exames tradicionais para se ter certeza de que está tudo certo com a saúde da mãe e do bebê – como o de translucência nucal, que pode indicar o risco de alguma doença cromossômica, como a síndrome de Down.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, as gestações em mulheres com mais de 35 anos têm alguns riscos a mais. Há maior chance de aborto espontâneo (cerca de 25% entre os 35 e os 39 anos), assim como de gestação ectópica (fora do útero). Também é necessário acompanhar indicadores como hipertensão arterial, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. Já quanto aos bebês, há risco maior de alterações cromossômicas e possibilidade de prematuridade no nascimento.
Por fim, caso esse seja seu caso e você tenha dúvidas quanto ao assunto, procure os profissionais do Instituto Canzi, que podem te auxiliar quanto aos cuidados e exames necessários para uma gestação tranquila e saudável.
Chamar no WhatsApp